Dúvidas frequentes
O que é um médium?
Conforme a conceituação do próprio codificador do Espiritismo, Allan Kardec, médium, em tese, é toda pessoa que sente, num grau qualquer, a interferência dos Espíritos em sua mente. No mesmo item, não obstante, Kardec estabelece o entendimento usual quanto ao conceito de médium, afirmando que são qualificados como médiuns aqueles em que a faculdade é bem caracterizada, apresentando efeitos patentes, de certa intensidade, quer dizer, pessoas em quem os fenômenos são claros, de fácil identificação, nitidamente observáveis, mostrando certa pujança.
Desafios da Mediunidade – Raul Teixeira pelo Espírito Camilo, Questão 1 – 3a edição, Ed. Fráter, 2012.
O que é um grupo mediúnico?
Constitui-se na associação de pessoas possuidoras de conhecimento da Doutrina Espírita e que pretendem dedicar-se ao estudo da fenomenologia medianímica e, simultaneamente, praticar a sublime lição do próprio Espiritismo, que é a caridade.
Diretrizes de Segurança – Mediunidade, Divaldo P. Franco / Raul Teixeira, Questão 48 – Intervidas: Catanduva, SP, 2018.
Há, de fato, necessidade de estudo para o exercício da mediunidade?
Para quem pretende qualificar, positivamente, a sua atuação mediúnica, dando-lhe lucidez e utilidade, para os objetivos do Cristo e dos Seus Prepostos, o estudo torna-se fundamental.
Vale lembrar que a Codificação Espírita afirma a importância do estudo para os médiuns, no seguinte ensinamento: “ As reuniões de estudo são, além disso, de imensa utilidade para os médiuns de manifestações inteligentes, para aqueles, sobretudo, que seriamente desejam aperfeiçoar-se e que a elas não comparecem dominados por tola presunção de infalibilidade.”
Desafios da Mediunidade – Raul Teixeira pelo Espírito Camilo, Questão 53 – 3a edição, Ed. Fráter, 2012
Com que idade o indivíduo pode participar de trabalhos mediúnicos?
Jovens e adultos podem participar das atividades desde que possuam conhecimento básico da doutrina Espírita e estejam dispostos a assumir responsabilidades.
A saúde do médium pode ser prejudicada pelo exercício da mediunidade?
A faculdade mediúnica não é causa de doenças para o médium, do mesmo modo que ela não caracteriza qualquer processo expiatório.
O indivíduo que, portando a mediunidade, vem a adoecer, encontra a gênese da sua doença nos compromissos negativos assumidos ante as leis da Vida. A mediunidade nesses casos é instrumento capaz de fortificar, de esclarecer, de orientar a criatura para que ela saiba atravessar a fase agora, corajosa e nobremente.
Aqueles sensitivos que seguem, sob tempestades morais, o longo caminho expiatório, experimentando o fel das decepções no seio da própria família ou na teia social, ou ainda, os que carregam espinhos penetrantes no âmago de si próprios, debatendo-se em angustiantes conflitos, não estarão padecendo por causa da mediunidade, porém, sofrem em virtude dos rastros de sombra e lama de outros tempos [...]. Aqui, a faculdade mediúnica abre portas para o recebimento direto do socorro divino, facultando o entendimento do intenso calvário vivido.
Desafios da Mediunidade – Raul Teixeira pelo Espírito Camilo, Questão 66 – 3a edição, Ed. Fráter, 2012
As reuniões mediúnicas devem ser públicas? Por quê?
O Codificador recomenda pequenos grupos, graças às dificuldades que há nos grandes grupos de sintonia vibratória e harmonia de pensamentos.
Uma reunião mediúnica de caráter público é um risco desnecessário, porque vêm pessoas portadoras de sentimentos os mais diversos, que irão perturbar, invariavelmente, a operação da mediunidade. Afirmam os Benfeitores que uma reunião mediúnica é um grave labor, que se desenvolve no campo perispirítico, e se a equipe não tem um conhecimento especializado, é compreensível que muitos problemas sucedam por negligência desta. A reunião mediúnica não deve ser de caráter público, porque teria feição especulativa, exibicionista, destituída de finalidade superior, atitudes tais que vão de encontro negativamente aos postulados morais da Doutrina.
Diretrizes de Segurança – Mediunidade, Divaldo P. Franco / Raul Teixeira, Questão 60 – Intervidas: Catanduva, SP, 2018.
Uma pessoa com problemas mediúnicos deve ser encaminhada, sem risco, para uma reunião mediúnica?
A pergunta já demonstra que a pessoa tendo problemas, deve primeiro equacioná-los, para depois estudar e aprimorar a faculdade que gera aqueles problemas. Como na mediunidade os problemas são do espírito e não da faculdade mediúnica, é necessário que primeiro se moralize o médium.
Abandonando as paixões, mudando a direção mental, criando hábitos salutares para sua vivência, reflexionando no Evangelho de Jesus, aprendendo a orar, ele equaciona na base, os problemas que inquietam o efeito, que é a faculdade mediúnica somente após o quê, é lhe lícito educar a mediunidade.
[...]
...diante de uma pessoa com problemas mediúnicos, a primeira atitude nossa será encaminhar o necessitado à aprendizagem da Doutrina Espírita, que é a terapêutica para seus problemas. A mediunidade será educada a posteriori como instrumento de exercício para o bem, mediante o qual granjeará títulos para curar o mal de que se é portador.
Diretrizes de Segurança – Mediunidade, Divaldo P. Franco / Raul Teixeira, Questão 64 – Intervidas: Catanduva, SP, 2018.
O que é desdobramento?
É um estado de emancipação da alma, no qual há algo mais do que no sonho comum. Embora o sonho ordinário seja um tipo de desdobramento – a alma desprende-se, parcialmente, do corpo – nesse último há uma intensidade de percepções, há a impressão forte da realidade dos episódios vividos, permitindo, muitas vezes, que se levem para a vigília as sensações exatas dos acontecimentos, sem as costumeiras “névoas” que se abatem sobre as lembranças dos sonhos comuns.
Desafios da Mediunidade – Raul Teixeira pelo Espírito Camilo, Questão 35 – 3a edição, Ed. Fráter, 2012.
O que é o passe?
O passe significa, no capítulo da troca de energias, o que a transfusão de sangue representa para a permuta das hemácias, ajudando o aparelho circulatório. O passe é essa doação de energias que nós colocamos ao alcance dos que se encontram com deficiências, de modo que eles possam ter seus centros vitais reestimulados e, em consequência disso, recobrem o equilíbrio ou a saúde, se for o caso.
Diretrizes de Segurança – Mediunidade, Divaldo P. Franco / Raul Teixeira, Questão 94 – Intervidas: Catanduva, SP, 2018.
Para ministrar um passe a pessoa deve estar mediunizada?
O passe que nós aplicamos, nos Centros Espíritas, decorre da sintonia com os Espíritos Superiores, o que convém considerar sintonia mental, não uma vinculação para a incorporação.
O passe deve ser sempre dado em estado de lucidez e absoluta tranquilidade, no qual o passista se encontre com saúde e com perfeito tirocínio, a fim de que possa atuar na condição de agente, não como paciente.
Diretrizes de Segurança – Mediunidade, Divaldo P. Franco / Raul Teixeira, Questão 94 – Intervidas: Catanduva, SP, 2018.
Há a necessidade de o médium tocar ou encostar as mãos na pessoa que recebe o passe?
Desde que se trata de permutas de energias, deve-se mesmo, por medida de cautela e zelo ao próprio nome, e ao do espiritismo, evitar tudo aquilo que possa comprometer, como toques físicos, abraços, etc.
Diretrizes de Segurança – Mediunidade, Divaldo P. Franco / Raul Teixeira, Questão 100 – Intervidas: Catanduva, SP, 2018.
A água fluidificada tem valor terapêutico?
A magnetização da água é uma providência tão antiga quanto a própria cultura humana. A chamada hidroterapia era conhecida dos povos mais esclarecidos. Sendo considerada uma substância simples, acredita-se que a água facilmente recebe energias magnéticas, fluídicas, e pode operar, no metabolismo desajustado, o seu reequilíbrio. Então, a água fluidificada ou magnetizada tem valor terapêutico.
Diretrizes de Segurança – mediunidade, Divaldo P. Franco / Raul Teixeira, Questão 107 – Intervidas: Catanduva, SP, 2018.