A história da Mediunidade
O Espírito André Luiz (1) leciona que, desde a estruturação da capacidade de formar e emitir pensamentos contínuos, nos primórdios do desenvolvimento espiritual, já se tem identificado no ser humano a possibilidade de permuta com outros planos da vida. Desse modo, identificam-se fatos mediúnicos - mediunismo - ao longo de toda a história humana, em todas as comunidades, culturas e épocas. É nesse sentido que o Livro dos Médiuns (2) nos informa que o "dom da mediunidade é tão antigo quanto o mundo" e, sendo uma condição natural da pessoa, não constitui propriedade de nenhuma nacionalidade, tampouco de uma religião específica.
De fato, não carecemos de registros de manifestações medianímicas ao longo do globo, nos diversos períodos históricos (3) (4). É assim, por exemplo, que se observam curandeiros - kahunas - de tribos polinésias afirmando a existência de Espíritos e mediando sua atuação. Do mesmo modo, nota-se Sócrates assumindo que era guiado por um Espírito que lhe insuflava as ideias. De maneira similar, percebe-se o mediunismo nos oráculos, nos profetas e nas musas. É nesse contexto também que se veem, na Bíblia, os hebreus em diversos tipos de interações espirituais envolvendo anjos e demônios. Semelhantemente, reconhece-se Joanna d'Arc, na Idade Média, sendo claramente movida por entidades espirituais.
Acontecimentos extraordinários assinalando que os planos da existência se tocam e interpenetram não cessam. Sem dúvidas, em todos os locais e tempos, "os Espíritos ensinam aos homens que a vida não se encerra no túmulo, como não principia no berço" (5).
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS: (1) LUIZ, André (Espírito). Evolução em dois mundos. Psicografado por Francisco Cândido Xavier e Waldo Vieira. 27.ed. Edição Digital no formato Kindle. Brasília: FEB, 2013, cap. 17, p. 100.(2) KARDEC, Allan. O Livro dos Médiuns. Tradução de Guillon Ribeiro. 81.ed. Brasília: FEB, 2013, capítulo XXXI, item XI.(3) Idem. (4) PIRES, Herculano. O Espírito e o Tempo: introdução antropológica ao Espiritismo. Primeira Edição Digital no formato Kindle. Paideia: São Paulo, 2020, Primeira Parte. (5) Idem, p. 29.